sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O que eu me apego nem sempre é minha vitória!

Um filósofo e seu discípulo resolveram fazer uma pesquisa e saber como viviam as pessoas na sua região.

Chegando à primeira residência, forma recebidos pelos moradores: um casal com cinco filhos - todos com roupas limpas, porém rasgadas.

Depois de servir um cafezinho dispôs-se a responder as perguntas do visitante.

O senhor está no meio desta floresta, não há nenhum comércio nas redondezas - observou o mestre ao pai de família. - Como sobrevivem aqui?

E o homem, calmamente, respondeu:


- Meu amigo, a situação é muito difícil. Graças a Deus, temos aqui uma vaquinha que não nos deixa passar fome. Às vezes sobra um pouco de leite e fazemos um pouco de queijo e vendemos na cidade vizinha. E assim vamos sobrevivendo.



O filósofo agradeceu pela informação, comtemplou o lugar por um momento e foi embora. No meio do caminho, disse ao discípulo:



- Jogue a vaquinha deste pobre homem no precipício.



- Não posso fazer isso, é a única forma de sustento da família! - Espantou-se o discípulo.



O filósofo permaneceu calado. Sem alternativa, o rapaz fez o que lhe mandara o mestre, e a vaquinha morreu na queda. A cena ficou gravada em sua memória.



Muitos anos depois, já um empresário bem sucedido, o ex-discípulo resolveu voltar ao mesmo lugar, contar tudo à família, pedir perdão e ajudá-la financeiramente.



Chegando lá, para sua surpresa, encontrou o local transformado num belíssimo sítio, com árvores floridas, carro na garagem e rapazes e moças bem vestidos e felizes. Ficou desesperado, imaginando que a humilde família tivesse precisado vender o sítio para sobreviver.



Apertou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.



- Para onde foi a família que vivia aqui há dez anos? - perguntou.



- Continuam donos do sítio - foi a resposta.



Espantado, ele entrou correndo na casa, e o senhor logo o reconheceu. Perguntou como estava o filósofo, mas o rapaz nem respondeu, pois se achava por demais ansioso para saber como o homem conseguira melhorar tanto o sítio e ficar tão bem de vida.



- Bem, nós tinhamos uma vaquinha, mas ela caiu no precipício e morreu - disse o senhor. - Então, para sustentar minha família, tive que plantar ervas e legumes. Como as plantas demoravam a crescer, comecei a cortar madeira para vender. Ao fazer isso, tive que replantar as árvores e precisei comprar mudas. Ao comprar mudas, lembrei-me da roupa de meus filhos e pensei que talvez pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil, mas quando a colheita chegou, eu já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial aqui: ainda bem que aquela vaquinha morreu. Era um atraso em nossas vidas.



É necessário ver como está a sua vaquinha. Não lastime se ela cair no precipício. Erga a cabeça e lute. Você vai vencer!!!

Adaptado por Fábio Rodrigues

Um comentário:

Mauricio dos Santos Pereira disse...

Acho que o filosofo poderia ter deixado uma carta dando a oportunidade de escolha.
Decidir pelos outros além do ser contra os princípios do livre arbítrio tem o risco de dar errado.